Esse que humano foi como um Deus grego

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O tema deste texto é o sucesso e o fracasso de um homem, conforme vamos analisar no desenvolvimento do assunto. Este poema organiza-se em duas partes lógicas: a primeira quando o homem referido pelo sujeito poético se encontra na sua melhor fase, quando age e aparenta ser como um Deus Grego "Esse que humano foi como um Deus Grego, Que harmonia do cosmos manifesta" (duas primeiras quadras) e a segunda parte na qual o homem perde a sua divindade "Agora jaz sem fonte e sem projeto" (dois últimos tercetos). O que pode ter originado a passagem do sucesso para o fracasso é o tema abordado nos versos 7 e 8 que representava o seu ponto fraco, o amor, que o pode ter destruído.

Este texto poético é um soneto logo é composto por 4 estrofes, duas delas são quadras e as outras duas são tercetos tendo por isso catorze versos. Todos estes versos são decassílabos e eneassílabo (10 e 9 sílabas métricas respetivamente) "não-só-em-su-a-mãoe-su-a-tes-ta" (9 sílabas métricas) "à-que-lea-mor-in-tei-roe-nun-ca -ce-go" (10 sílabas métricas) . As quadras têm uma rima interpolada,com o esquema rimático ABBA, ABBA, "Esse que humano foi como um Deus Grego (A), Que harmonia do cosmos manifesta (B), Não só em sua mão e sua testa (B), Mas em seu pensamento e seu apego (A)" Os tercetos têm uma rima cruzada, com o esquema rimático CDC, CDC, "Agora jaz sem fonte e sem projeto (C), Quebrou-se o templo atual antigo e puro (D), De que ele foi medida e arquiteto (C)".

Os recursos de estilo utilizados são a comparação apresentada logo no título e no primeiro verso "Esse que humano foi como um Deus Grego", é utilizado este recurso estilístico para comparar o humano com um Deus Grego. Há a utilização de muitas metáforas como por exemplo nos versos 9 e 10 "Agora jaz sem fonte e sem projeto, Quebrou-se o templo atual antigo e puro" que relaciona o homem com uma construção. Há ainda uma alegoria no verso 12 "Python venceu Apolo num frontão obscuro" esta associa o lado mau do homem com Python e o lado bom com Apolo. Na lenda mitológica Apolo vence Python porém neste caso a maldade vence.

Nos textos poéticos de Sophia temos muitas vezes a referência do mar e da praia. Como ocorre neste poema no verso 6 "Que emergia da praia e da floresta". É também muito invulgar para esta escritora escrever uma estrutura formal como um soneto.

Na nossa opinião é um poema de difícil interpretação mas que quando compreendido passa uma mensagem profunda e tocante. Este poema pode ser a representação de todas nós pois todos temos os nossos altos e baixos.


Beatriz Silva, Catarina Ramos, Margarida Gonçalves e Renata Rodrigues 

Escola Básica Carlos Gargaté

(C) Turma 9.º D, 2018/2019

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